às vezes sou fada, às vezes faísca...

às vezes sou fada, às vezes faísca...
"Eu tô com saudades da nossa amizade do tempo em que a gente amava se ver eu não sou palavra eu não sou poema sou humana pequena (...) Às vezes sou dia às vezes sou nada hoje lágrima caída choro pela madrugada às vezes sou fada às vezes faísca tô ligada na tomada numa noite mal dormida..." Paula Fernandes

quinta-feira, 14 de julho de 2011

Último Romance


Eu encontrei quando não quis
Mais procurar o meu amor
E quanto levou foi pr'eu merecer
Antes um mês e eu já não sei
E até quem me vê lendo o jornal
Na fila do pão, sabe que eu te encontrei
E ninguém dirá que é tarde demais
Que é tão diferente assim
Do nosso amor a gente é que sabe, pequena
Ah vai!
Me diz o que é o sufoco que eu te mostro alguém
Afim de te acompanhar
E se o caso for de ir à praia eu levo essa casa numa sacola
Eu encontrei e quis duvidar
Tanto clichê deve não ser
Você me falou pr'eu não me preocupar
Ter fé e ver coragem no amor
E só de te ver eu penso em trocar
A minha TV num jeito de te levar
A qualquer lugar que você queira
E ir onde o vento for
Que pra nós dois
Sair de casa já é se aventurar
Ah vai, me diz o que é o sossego
Que eu te mostro alguém afim de te acompanhar
E se o tempo for te levar
Eu sigo essa hora e pego carona pra te acompanhar
Los Hermanos

Onde ir

Eu não sei o que vi aqui
Eu não sei prá onde ir
Eu não sei porque moro ali
Eu não sei porque estou
Eu não sei prá onde a gente vai
Andando pelo mundo
Eu não sei prá onde o mundo vai
Nesse breu vou sem rumo
Só sei que o mundo vai de lá pra cá
Andando por ali
Por acolá
Querendo ver o sol que não chega
Querendo ter alguém que não vem
Só sei que o mundo vai de lá pra cá
Andando por ali
Por acolá
Querendo ver o sol que não chega
Querendo ter alguém que não vem (não vem)
Eu não sei o que vi aqui
Eu não sei prá onde ir
Eu não sei porque moro ali
Eu não sei porque estou
Eu não sei prá onde a gente vai
Andando pelo mundo
Eu não sei prá onde o mundo vai
Nesse breu vou sem rumo
Só sei que o mundo vai de lá pra cá
Andando por ali
Por acolá
Querendo ver o sol que não chega
Querendo ter alguém que não vem
Só sei que o mundo vai de lá pra cá
Andando por ali
Por acolá
Querendo ver o sol que não chega
Querendo ter alguém que não vem (não vem)
Só sei que o mundo vai de lá pra cá
Andando por ali
Por acolá
Querendo ver o sol que não chega
Querendo ter alguém que não vem
Só sei que o mundo vai de lá pra cá
Andando por ali
Por acolá
Querendo ver o sol que não chega
Querendo ter alguém que não vem
Cada um sabe dos gostos que tem
Suas escolhas, suas curas
Seus jardins
De que adianta a espera de alguém?
O mundo todo reside
Dentro, em mim
Cada um pode com a força que tem
Na leveza e na doçura
De ser feliz.



Vanessa da Mata

terça-feira, 14 de junho de 2011

Canção Pra Não Voltar

Não volte pra casa meu amor que aqui é triste
Não volte pro mundo onde você não existe
Não volte mais
Não olhe pra trás
Mas não se esqueça de mim não
Não me lembre que o sol nasce no leste e no oeste morre depois
O que acontece é triste demais
Pra quem não sabe viver pra quem não sabe amar
Não volte pra casa meu amor que a casa é triste
Desde que você partiu aqui nada existe
Então não adianta voltar
Acabou o seu tempo acabou o seu mar acabou seu dia
Acabou, acabou
Não volte pra casa meu amor que aqui é triste
Vá voar com o vento que só lá você existe
Não esqueça que não sei mais nada
Nada de você
Não me espere porque eu não volto logo
Não nade porque eu me afogo
Não voe porque eu caio do ar
Não sei flutuar nas nuvens como você
Você não vai entender
Que eu não sei voar
Eu não sei mais nada
Dó com baixo em dó
Sol com baixo em si
Lá com baixo em lá
Lá com baixo em sol
Fá com baixo em fá
Fá com baixo em fá sustenido
Sol com baixo em sol
Sol com lá bemol
Dó maior com dó
Sol maior com si
Lá menor com lá
Lá menor com sol
Fá com baixo em fá
Fá com baixo em fá sustenido
Sol com baixo em sol
Sol com lá bemol
Leo Fressato

segunda-feira, 13 de junho de 2011

Não olhar para trás...

        O ir adiante, o desconhecido, a estrada com suas curvas suntuosas... Tudo inspira aos anseios da busca pelo novo, que se mistura com a eterna angústia de não se saber o que tem ao término de cada curva da estrada desconhecida que nos espera. Talvez crescer seja isso, o amadurecer de idéias de como você acredita e imaginava esse caminho, o quanto o projetou em sua mente, se tornou quase um ideal, por que não um sonho?
          O sonho do novo, pelo novo... Os anseios também seriam novos? as indagações são diversas, se confundem com os medos e aspirações, tornando-se por certo um só. Já que sonhos são aquilo que projetamos e desejamos vividamente que se tornem real, de tanto imaginar acabam sendo mesmo reais, ao menos em nossa mente... E por que não vive-los? Senti-los REAIS!
             A e em tudo, sonhos, medos, curvas, devaneios, sou eu, sempre eu. Com as minhas várias circunstâncias... Entre tantas só as certezas de como Lulu já cantou Nelson Mota "(...) Nada do que foi será de novo do jeito que já um dia, tudo passa, tudo sempre passará..." E o que  restará ao finito, sempre eu e minhas circunstâncias e o caminho a esperar e implorar: Não olhe para trás! Talvez o segredo seja isso, o não olhar para o que ficou, que já foi, mesmo que pudesse voltar, o eu não existiria mais...Não mais...
              

sábado, 19 de março de 2011

Navegar em mim...



Assinando o fim

Eu lamento tanto
Palavras perdidas
Sensações vividas

Eu anulo em mim

A promessa feita
Eu desfaço o sonho
De amor por toda a vida

Foi engano achar

Que você me amou
Afinal de amor
Você não sabe nada
Foi um erro aceitar
O seu gesto de amor
No final a dor
Me fez sua morada



Alguém pra me amar
Precisa me aceitar
Assim como eu sou
Imperfeita, amor
Quem quiser me amar
Precisa ter o dom
Bem mais que seduzir
Navegar em mim
Iê iê...Navegar em mim 



Assinando o fim
Eu lamento tanto
Palavras perdidas
Sensações vividas

Eu anulo em mim

A promessa feita
Eu desfaço o sonho
De amor por toda a vida

Foi engano achar

Que você me amou
Afinal de amor
Você não sabe nada
Foi um erro aceitar
O seu gesto de amor
No final a dor
Me fez sua morada



Alguém pra me amar
Precisa me aceitar
Assim como eu sou
Imperfeita, amor
Quem quiser me amar
Precisa ter o dom
Bem mais que seduzir
Navegar em mim
Iê iê...Navegar em mim 
Oh, ah, ah
Alguém pra me amar
Precisa me aceitar
Assim como eu sou
Imperfeita, amor
Quem quiser me amar
Precisa ter o dom
Bem mais que seduzir
Navegar em mim

Iê iê...Navegar em mim

Paula Fernandes

quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

Gerânio...






Ela que descobriu o mundo
E sabe vê-lo do ângulo mais bonito
Canta e melhora a vida, descobre sensações diferentes
Sente e vive intensamente

Aprende e continua aprendiz
Ensina muito e reboca os maiores amigos
Faz dança, cozinha, se balança na rede
E adormece em frente à bela vista
Despreocupa-se e pensa no essencial
Dorme e acorda
Conhece a Índia e o Japão e a dança haitiana
Fala inglês e canta em inglês
Escreve diários, pinta lâmpadas, troca pneus
E lava os cabelos com shampoos diferentes
Faz amor e anda de bicicleta dentro de casa
E corre quando quer
Cozinha tudo, costura, já fez boneco de pano
E brinco para a orelha, bolsa de couro, namora e é amiga
Tem computador e rede, rede para dois
Gosta de eletrodomésticos, toca piano e violão
Procura o amor e quer ser mãe, tem lençóis e tem irmãs
Vai ao teatro, mas prefere cinema
Sabe espantar o tédio
Cortar cabelo e nadar no mar
Tédio não passa nem por perto, é infinita, sensível, linda
Estou com saudades e penso tanto em você
Despreocupa-se e pensa no essencial
Dorme e acorda

Composição: Nando Reis, Marisa Monte, Jennifer Gomes

Marisa Monte





quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

Interior dos interiores - É que não posso tirar nunca da minha lembrança, é o pedaço de terra que vivi quando criança...

Meio entre extremos, talvez seja por isso que esse é um lugar abençoado e tão criticado ao mesmo tempo, por se concentrar entre sertão e agreste, em ter características, não apenas na fauna, e flora, de duas regiões tão distintas de Pernambuco, mas também em sua gente, sempre dividida entre o calor e caatinga sertaneja, costumes sertanejos, com os  tão brejeiros ao mesmo tempo do agresteiro... Terra abençoada, poucos são os que te visitam e te esquecem, de uma forma ou de outra marcas... Marcas com tua religiosidade em que teu povo tenta seguir, nas tradicionais caminhadas das sextas-feiras  Santa, de manhãzinha com o doce orvalho matinal e que tanto marcou minha doce infância sertaneja ou por que não agresteira, onde corriamos para acompanhar a procissão até o lajeiro onde se encontrava a  capelinha de portas abertas, cantos que remetia-nos ao sofrimento de Cristo e sua Paixão... Coisas nossa, coisas do interior dos interiores, onde uns chamam erroneamente de " fim de mundo", onde nada acontece, onde tudo demora a chegar... Prefiro chamar de lugar onde o tempo demora a passar, no mundo em que as coisas acontecem com tamanha velocidade, onde se atropela sentimentos, pessoas, é bom estar em um lugar em que se demora o tempo passar, dar tempo de vê coisas que só há aqui, não temos cinemas famosos, casas de shows, mas temos um pôr de sol sem igual, um céu azul belo, uma noite estrelada, sábia que canta quando sente a chuva, temos gente que são felizes aqui só pelo simples fato de que se diz bom dia ainda aqui, que o leite chega em sua porta, pelo leiteiro, gritando todas as manhãs: oh o leite!, onde ainda em seus recantos temos as cercas de pedras que guardam em si beleza, força e história de um povo sertanejo ou agresteiro forte, que não media esforços pra vê esse interior dos interiores com desenvolvimento, com sua gente feliz...Aqui ainda se ouve os carros de bois passando por suas velhas estradas, aqui se tem uma pedra, que não se sabe ao certo quem a furou, que ao percorrer o caminho para chegar até lá, se encontra pessoas simples mas com sorrisos largos e esperança, é esperança de que tudo um dia venha a mudar, mas não mudarem, nem sairem de suas terras, de seu chão, Luiz gonzaga já cantava: " Que quem sai da sua terra natal em outros cantos não pára..." Porém mudarem o seu sertão-agreste, tornando ele menos sofrido, mais humano, mais cristão... 
           Venturosa é mais que uma municipio do vale do rio Ipanema, que banha suas terras em sua época de cheia, onde faz a alegria da criançada, e de quem depende de suas águas para suas plantações e criações, é o típico municipio de transições, entre duas regiões divididos, com peculiaridades que só se encontra aqui, essas positivas ou não, mas não como negar que tem coisas que só vão achar aqui...Por mais que esbarrem com pessoas daqui por esse mundo a fora, por que venturosense voa, e voa alto, mas sempre volta ao seu ninho, a sua terra natal, talvez, seja o sol, o rio Ipanema, a imponência da Pedra furada, ou até mesmo as sextas-feiras santas, nas mentes e lembranças de quem um dia partiu daqui, ou que sabe seja o povo, é a gente daqui que sempre impulsiona os outros a voltarem, até os mais revoltosos com essa terra, sempre acabam voltando...Afinal Venturosa reúne teus filhos, estejam esses onde estiverem...

Mantenha seus pés no chão quando sua cabeça está nas nuvens

Mantenha seus pés no chão quando sua cabeça está nas nuvens